terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Eleitos os órgãos da FJLP

No final dos trabalhos da Assembleia Constitutiva da Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa (FJLP) foram eleitos ontem os órgãos da organização para o primeiro mandato (2010-12), que ficam assim constituídos:

Mesa da Assembleia Geral
Presidência: Sindicato dos Jornalistas de Moçambique
Vice-Presidência: Sindicato de Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social de S. Tomé e Príncipe
Secretário: Sindicato dos Jornalistas da Guiné-Bissau

Representantes das organizações eleitas para a mesa da Assembleia Geral, da esquerda para a direita: Mamude Cande e Califa Cassama (Guiné-Bissau), Eduardo Constantino (Moçambique) e Alfredo Rosário e Amarilde Santos (S. Tomé e Príncipe) (foto: Mónica Delicato/SJSP)

Direcção
Presidência: Associação dos Jornalistas Económicos de Angola
Vice-Presidência: Sindicato dos Jornalistas da Guiné-Bissau
Secretário: Brasil (a designar)
Tesoureiro: Brasil (a designar)

Vogal: Sindicato dos Jornalistas de Portugal

Representantes das organizações eleitas para a Direcção, da esquerda para a direita: Califa Cassama e Mamude Cande (Guiné-Bissau), Messias Constantino (Angola), Anabela Fino e Alfredo Maia (Portugal) e Alssimir Carmo e Mónica Delicato (Brasil)



Conselho Fiscal
Presidência: Associação de Jornalistas de Cabo-Verde
Vice-Presidência: Sindicato dos Jornalistas de Moçambique
Secretário: Sindicato de Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social de S. Tomé e Príncipe

Conselho de Ética e Deontologia 
Sindicato dos Jornalistas de Portugal
Brasil (a designar)
Sindicato dos Jornalistas de Moçambique

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Delegações recebidos na CCPJ, ERC e Cenjor




As delegações à Assembleia Constitutiva da Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa (FJLP) foram recebidos hoje na Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e Cenjor - Centro Protocolar de Formação para Jornalistas. Além de se inteirarem das missões, objectivos e funcionamento daquelas instituições, os delegados tiveram oportunidade para colocar questões designadamente sobre possibilidades de cooperação. (Fotos: Mónica Delicato/SJSP)

domingo, 6 de dezembro de 2009

FJLP já tem estatutos


Delegados à Assembleia com o Secretário Executivo da CPLP (foto: Mónica Delicato/SJSP)
A assembleia constitutiva da Federação de Jornalistas de Língua Portuguesa (FJLP) aprovou hoje os Estatutos da Federação.
O documento, que teve como base de discussão uma proposta que vinha sendo debatida há vários meses entre as organizações fundadoras da FJLP, foi enriquecido com diversas contribuições dos delegados, adoptadas por consenso, o que permitiu a aprovação do texto final por aclamação.

Assembleia discute Estatutos da CPLP


Os trabalhos da Assembleia Constitutiva da Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa (FJLP) foram retomadas esta manhã com a discussão dos seus estatutos. (Fotos: Mónica delicato/SJSP)

sábado, 5 de dezembro de 2009

Intervenção do Secretário Executivo da CPLP


Exmo. Senhor Presidente do Sindicato dos Jornalistas de Portugal,

Exmas. Senhoras e Senhores representantes dos sindicatos e associações de jornalistas dos países membros das CPLP

Minhas Senhoras e meus Senhores,

Começo por enaltecer o percurso que as organizações de jornalistas têm vindo a fazer nestes últimos anos para a constituição de uma Federação que englobe os profissionais da Comunicação Social no espaço da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

A CPLP, que reúne Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, e mais de 220 milhões de pessoas espalhadas pelos quatro continentes, tem vindo desde a sua constituição a acompanhar com o maior interesse todos os desenvolvimentos da Comunicação Social nos nossos países.

Na verdade, no contexto da constituição formal da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, os Media não ficaram esquecidos:

- Recordo que, no relatório final da 1 Reunião do Conselho de Ministros da CPLP, a Comunicação Social foi referida pela sua importância no processo de Desenvolvimento. E, neste ano de 1996, registaram-se os primeiros avanços no caminho para uma Comunicação Social que defenda os laços que unem os nossos oito países, consubstanciados nos objectivos fundadores da CPLP;

- Recordo ainda que todos os países que integram a CPLP deram já passas substanciais para a activação de entidades reguladoras autónomas e realizaram processos de reforma das televisões públicas, transformando-as em serviços públicos de televisão.

Senhoras e Senhores,

Os países da CPLP, integrados nos seus respectivos grupos regionais — UE, União Africana, Mercosul e SADC —, comprometeram-se há muito a trabalhar para o estabelecimento de Órgãos de Comunicação Social que veiculem informações justas, com ética e deontologia.

Hoje em dia, a Comunicação Social em muito é beneficiada pelas novas tecnologias e, em consequência da crescente consolidação dos Media, nós poderemos garantir o conhecimento e o exercício dos mais básicos direitos humanos, os princípios democráticos, a divulgação de práticas de boa governação, a multiplicação acelerada do desenvolvimento social e humano em todas as suas vertentes, a melhoria das condições de saúde, ensino e cultura.

Minhas Senhoras e meus Senhores,

Não obstante alguns constrangimentos, os Media dos países de Língua Portuguesa têm desempenhado um importante papel na facilitação de processos de democratização e na reconciliação de países destroçados pela guerra.

A CPLP é uma entidade pluricontinental, que se assume como um projecto político assente na Língua Portuguesa, pelo que é importante realçar o papel insubstituível dos Media, em particular, os dos nossos Estados-membros. Os nossos Órgãos de Comunicação Social têm uma responsabilidade a assumir na consagração dos Estados democráticos e também da nossa Comunidade em cada país, nas respectivas diásporas e na sua afirmação no contexto do mundo globalizado.

O papel dos Media é, assim, fundamental para o progresso dos nossos Povos e para a consolidação da paz e da democracia.

Simultaneamente, a educação/formação adequada dos nossos profissionais em matéria de comunicação social e a cultura científica e técnica que lhes permita analisar correctamente os factos podem contribuir sobejamente para a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento pessoal e social dos cidadãos dos países da CPLP, designadamente, no combate à pobreza, ao HIV e na construção de uma cidadania consciente e activa.

Sem controvérsias, não vamos ter um mundo desenvolvido e seguro sem que a Comunicação Social assuma um papel activo, o papel que lhes está destinado nas nossas sociedades. Os media têm o condão de poder fazer a diferença, de informar as suas sociedades e também o mundo sobre a pobreza, a desigualdade e a injustiça, mas, também, do que de positivo se desenvolve, descartando o veicular da informação só pela negativa.

É com informações verdadeiras de âmbito local que o mundo obtém o testemunho que agita os nossos sentimentos, que vai à essência do nosso fundamento, que nos desperta os sentimentos e o interesse e que nos vai permitir agir em conjunto para colmatar lacunas e impulsionar o desenvolvimento. Neste processo, que estamos hoje aqui a tentar optimizar, podemos conhecer, compreender e por fim agir.

Desta forma, desde o primeiro momento, temos acarinhado este projecto de criação de uma Federação de Jornalistas de Língua Portuguesa - que conta com o nosso patrocínio.

Não posso voltar a enaltecer a criação desta estrutura da categoria profissional de jornalistas, convicto de que a criação de uma estrutura que aprofunde e torne consequente a cooperação e a solidariedade entre as organizações de jornalistas dos Países de Língua Oficial vai garantir uma cultura do diálogo, da informação social veiculada profissionalmente, do pluralismo e da liberdade de imprensa que nos compete defender.

Muito Obrigado.




Intervenção de Alfredo Maia



O Sindicato dos Jornalistas portugueses tem a honra de receber-vos na sua Casa, na Casa dos jornalistas e num importante centro cívico que tem desempenhado, ao longo dos tempos, um papel decisivo na defesa dos direitos dos cidadãos – à liberdade de expressão, informação livre, ao jornalismo eticamente responsável.

Foi assim antes do 25 de Abril, especialmente quando se juntou a outros sindicatos para defender a livre organização dos trabalhadores, e quando os seus membros souberam e tiveram a coragem de enfrentar um regime fascista disfarçado de primavera de esperanças que lhes exigia um código deontológico.

Sem liberdade de expressão, sem liberdade de imprensa, os jornalistas não aceitam submeter-se a qualquer código deontológico, pela razão muito simples, muito clara e muito firme de que não há responsabilidade sem liberdade – disseram então os jornalistas portugueses.

Mal a alvorada de Abril acabou de resplandecer nos horizontes de um país novo, este Sindicato estava já na primeira linha da colaboração na criação de leis e de normas que atribuem a esta profissão e a este corpo profissional um conjunto coerente de direitos e de deveres – a Lei de Imprensa, sem dúvida, e depois o Estatuto do Jornalista, instrumentos jurídicos ainda hoje pouco habituais no mundo – mas especialmente a própria Constituição da República Portuguesa.

Com efeito, se não erro, o Jornalismo é a única profissão cujas garantias fundamentais – direito de acesso à informação, sigilo profissional, direito de participação na orientação dos órgãos de informação, etc. – merecem protecção constitucional em Portugal.

Não é um privilégio; é um fardo muito pesado, especialmente nos tempos que correm, enfrentando uma grave ofensiva por parte das empresas, com o beneplácito, a mais descarada cumplicidade e mesmo a participação activa do Governo e da maioria parlamentar e a complacência do Presidente da República, como aconteceu com a última revisão do Estatuto do Jornalista e com o fracasso na aprovação de uma lei contra a concentração da propriedade dos meios de informação.

A concentração da propriedade dos meios de informação, que está na origem de um clube restrito de grupos económicos que controla todas as grandes publicações, as televisões e as principais rádios não representa apenas o domínio da capacidade de recolher, tratar e difundir informação e um enorme poder de intervenção no espaço público.

Tal concentração representa igualmente o controlo do mercado do trabalho dos jornalistas e outros trabalhadores, estabelecendo e impondo as regras sobre quem entra, quem permanece e quem sai das empresas, que é como quem diz da profissão.

A pretexto da crise, com o argumento das inexoráveis alterações tecnológicas, com a maximização do lucro através da exploração de sinergias, muitas redacções continuam a ser emagrecidas e o desemprego entre os jornalistas portugueses atinge níveis nunca vistos. Apesar da reduzida dimensão do mercado português, contam-se às centenas de vítimas por ano. A maioria não volta à profissão.

Simultaneamente, centenas de jovens a iniciar a profissão são contratados em regimes da maior precariedade, a qual se prolonga por muitos anos, condicionando a sua liberdade e a sua consciência profissional, além de reduzi-los à condição de reserva de mão-de-obra barata e facilmente descartável.
Jornalistas com vínculos contratuais precários ou jornalistas sob o risco permanente de serem abrangidos por uma reestruturação, que é o sinistro caminho para o desemprego, enfrentam enormes desafios à consciência profissional, ao dever ético de resistir a uma mercantilização da informação, ao imperativo deontológico do rigor e da protecção dos interesses dos cidadãos, à obrigação solidária de defender os direitos laborais e profissionais.

É neste contexto e nestas condições que se esboçam as possibilidades de internacionalização de empresas e grupos de média, nomeadamente no mundo lusófono, e, especialmente, se difunde a doutrina e a prática da redução dos jornalistas à condição de simples produtores de conteúdos destituídos de direitos.

Em nome do pretexto tecnológico ou invocando a socrossanta legitimação do progresso das comunicações e da comunicação global, de escala planetária e velocidade instantânea, os patrões dos media – em Portugal como no resto do mundo – encetaram uma ofensiva sem precedentes contra os direitos de autor dos jornalistas e de outros criadores, rapinando criações alheias como despojos de um combate do qual têm saído vencedores devido à superioridade de meios e à subserviência do poder político ao poder económico.

A internacionalização, ou pior, a globalização de uma ideologia mercantilista que afronta os jornalistas e o jornalismo, a sua ética e a consciência dos seus deveres para com os seus pares e para com os cidadãos, constitui hoje um desafio extraordinário para os jornalistas e as suas organizações, apelando à consciencialização em massa e à mobilização de forças, nas redacções, nas organizações profissionais, nos países, à escala internacional.

É urgente organizar e globalizar a resistência. É decisiva a criação, manutenção e expansão de organizações internacionais fortes, coesas, activas e influentes, que dêem força às organizações filiadas, projectem os seus problemas e as suas lutas para fora das suas fronteiras e lhes emprestem a voz junto dos poderes e organismos internacionais.

É neste contexto que surge enfim esta federação, que é de jornalistas de língua portuguesa e reflecte as realidades e os projectos de uma comunidade concreta, perspectivando uma efectiva cooperação, desinteressada e fraterna, assente na complexa história comum das pátrias onde nos foi dado nascer e no património linguístico partilhado por 225 milhões de falantes do Português, seja em cada um dos oito países onde é a língua oficial, seja nas comunidades que as respectivas diásporas espalharam por todos os cantos do mundo, até nos confins mais recônditos do Planeta.

A federação não se esgota na sua constituição formal nem na realização mais ou menos regular de reuniões e congressos. É urgente o seu funcionamento em rede, partilhando informações e constituindo um suporte permanente de auxílio mútuo, constituindo um interlocutor decisivo com instâncias internacionais e conferindo escala a lutas com objectivos que hoje já não se restringem a cada um dos nossos países, como é o caso dos direitos de autor.

Mas o papel da federação não se resume aos problemas, interesses e anseios dos jornalistas e das respectivas organizações em cada país, nem se resume a objectivos meramente corporativos. É que, em última análise, não visa senão um fim: ajudar os jornalistas a melhor servirem os cidadãos no seu direito à informação, no direito de conhecer mais mundo, no direito de saber o que pensam e o que propõem outros cidadãos noutras latitudes.

Os nossos países encerram um imenso e extraordinariamente rico património de pensamento, de criação, de génio, de debate, de realização, de esforço individual e colectivo – da literatura e das artes à economia; da tradição popular às mais requintadas e grandiosas produções artísticas; do improvisado engenho rural à mais sofisticada ciência; das singelas realizações locais aos grandes desígnios nacionais; da mais pequena divergência ou conflito aos grandes debates nacionais; dos problemas das comunidades isoladas aos salões da grande diplomacia.

E, todavia, sabemos muito pouco uns dos outros, ou não sabemos o suficiente. Não apenas porque as realidades, os problemas e as realizações nos nossos países não constam, com a constância devida, das agendas (das pautas...) dos nossos sistemas mediáticos, mas também porque se mantêm constrangimentos incompreensíveis.

Não deixa de ser incompreensível, por exemplo, que os cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa continuem a carecer de visto para as deslocações entre países. Desde logo, parece estranha a contradição entre a semântica e a política, justamente porque “Comunidade” nos conduz à ideia generosa da partilha de algo que deve ser comum – o espaço lusófono, por exemplo.

Mas é ainda mais incompressível é que essa restrição abranja os jornalistas.

Não é que os jornalistas reivindiquem um estatuto especial. Mas se é necessário começar por algum lado, por algum grupo profissional, não é excessivo propor, reivindicar mesmo, que se comece pelos jornalistas.
Os jornalistas são os olhos e os ouvidos do pulsar do mundo. São muitas vezes os primeiros embaixadores da reconciliação entre povos; são instrumentos de difusão de informações vitais à compreensão dos outros; são vectores de paz e de cooperação.

Por isso, os jornalistas devem gozar de livre deslocação entre estados, especialmente entre estados que se agrupam designadamente para fins de cooperação, pois não faz sentido nem há qualquer razão para aceitar que a realização de uma reportagem, seja a que pretexto for, continue hoje dependente da concessão de vistos que podem demorar prazos de tal modo excessivos que se tornam inúteis quando – e se – são concedidos.

Senhor Secretário Executivo da CPLP, permita-me que aproveite a presença e V. Exa. neste acto público de anúncio da novel federação de jornalistas para transmitir-lhe o apelo do Sindicato dos Jornalistas portugueses para que, na medida das suas possibilidade e no quadro do seu mandato, sensibilize os governos dos países da comunidade lusófona para a necessidade do levantamento dos constrangimentos à circulação livre e expedita de jornalistas no seu espaço.

Pelo nossa parte, faremos também tudo o que estiver ao nosso alcance para que tal objectivo seja alcançado.

Disse.

Sessão pública de anúncio da criação da FJLP

A sessão pública de anúncio da criação da FJLP contou com a presença do Secretário Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), engº Simões Pereira, que na sua intervenção - publicada em separado - agradeceu o facto de a CPLP se poder "sentir parte" desta iniciativa e sublinhou a importância de serem os próprios jornalistas a "fazer o diagnóstico" do que deve ser feito, no âmbito da Comunidade, para ultrapassar problemas que se colocam à cooperação dos profissionais da comunicação social lusófona.

Respondendo a uma questão colocada pelo Presidente do SJ, Alfredo Maia, sobre os obstáculos que se colocam à livre circulação dos jornalistas - ver intervenção em separado -, Simões Pereira reconheceu que, embora a "livre circulação seja uma questão que interessa a todos" e que "todos estão empenhados em resolver", subsistem "implicações ao nível interno dos estados que é preciso resolver".

Um primeiro passo foi dado com a criação da Assembleia Parlamentar, em Abril de 2009, disse, um novo passo está a ser dado com a criação da FJLP, importando agora conjugar esforços para "sensibilizar os decisores políticos".

Na sessão interveio ainda Messias Constantino, Presidente da AJECO, dizendo que o "dia 5 de Dezembro de 2009 marca um ponto de viragem na relação dos jornalistas de língua portuguesa", pois com a formação da FJLP abre-se um "espaço de diálogo, intercâmbio e cooperação" entre os profissionais dos média dos países lusófonos.

Afirmando que a Federação quer ser "um parceiro privilegiado da CPLP", Messias Constantino manifestou a esperança de que, juntas, as duas organizações possam influenciar os estados para a implementação de órgãos de comunicação para a lusofonia.

Organizações debatem situação dos jornalistas


A assembleia analisou a situação profissional dos jornalistas e as condições para o exercício da profissão nos vários países. Na foto, da esquerda para a direita, Califa Cassama (Guiné), Eduardo Constantino (Moçambique) e Messias Constantino (Angola).

Assembleia aprova relatório de comissão ad hoc

A Assembleia aprovou o relatório da Comissão Ah Hoc da Federação de Jornalistas de Língua Portuguesa.
Relatório da Comissão Ad Hoc à criação da Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa
Prezados - e prezadas - colegas jornalistas representantes nas entidades laborais da categoria profissional nos Países de Língua Portuguesa, reunidos nesta casa de jornalistas e em data tão nobre quanto histórica para o objetivo da constituição da Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa, sonho acalentado por tantos anos e por todos nós e que, finalmente, se acha próximo da concretização. Concretização que depende de todos nós e não apenas para formalização, mas, sobretudo, para que haja continuidade de esforços, agora ainda maiores, para sua consolidação!

Antes de mais, é preciso mencionar que - dentre os inúmeros esforços dispendidos em reuniões, encontros, congressos, dentre outras iniciativas das representações dos jornalistas nos países de língua oficial portuguesa - constam, por exemplo, os congressos internacionais de jornalismo de língua portuguesa, onde as entidades por suas direções e representações regionais, ratificaram sua disposição de luta em favor da construção de espaço institucional internacional à defesa dos interesses dos jornalistas de língua portuguesa.

Para ficar nas iniciativas mais recentes, ao cabo de praticamente três décadas, e por estarmos novamente reunidos em Lisboa,  necessário citar o III Congresso Internacional do Jornalismo de Língua Portuguesa, realizado entre os dias 21 e 24 de abril de 1997, ao fim do qual foi redigida a Carta de Lisboa (em poder dos colegas) que expressa o desejo das representações dos jornalistas dos países de língua portuguesa.

O documento ainda indicava o local onde seria a realizado o congresso seguinte, ou seja, Macau. Porém, esse ocorreu em Recife, Estado do Pernambuco, no Brasil, no ano de 2000. Nesse congresso, foram reiterados os compromissos das entidades de jornalistas de língua portuguesa em continuar com os esforços à construção do espaço institucional. Os colegas no Sindicato dos Jornalistas Portugueses bem traduziram o espírito dos jornalistas em Recife, com o documento "Por uma Federação de Jornalistas de Língua Portuguesa" que seguiu em forma de "Apelo às organizações de jornalistas da CPLP"!

De 2000 até abril de 2008, o tema Federação de Jornalistas de Língua Portuguesa voltou a debates pelas entidades, cada qual no seu próprio âmbito. Porém, e felizmente, durante encontro de jornalistas econômicos decorrido na cidade de Malanje, capital da província com o mesmo nome, em Angola, entre os dias  21 e  24  de Abril de 2008, a Conferência  Internacional dos  Jornalistas Económicos  da Comunidade de Países de Língua Portuguesa - CPLP, realizada sob os auspícios da Associação dos Jornalistas Económicos de Angola, AJECO, tratou de retomar o assunto dentro do temário do evento:  “O papel dos Mídias Na Promoção da Complementaridade e Sinergias das Economias da CPLP.

Esse evento reuniu profissionais de Imprensa de Angola, Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe os quais, num ambiente de camaradagem, franco, aberto e descontraído refletiram sobre o tema proposto de modo a aproveitar da melhor  forma esta ocasião. Durante os trabalhos em Malanje, foi constituída uma comissão “ah-doc” composta pela Associação de Jornalistas Económicos de Angola (AJECO), como coordenadora, Federação Nacional de Jornalistas do Brasil (FENAJ), adjunta, Sindicato de Jornalistas de São Tomé e Príncipe (SJTSTP), secretário e a Associação de Jornalistas de Cabo-Verde (AJCV), como vogal.

Foi atribuída à Comissão a responsabilidade de encontrar a denominação da estrutura ou figura que vai congregar as Associações/Organizações de Jornalistas na CPLP, bem como elaborar o projecto de Estatutos e marcar a data e o local para a realização do acto solene de proclamação – não sem antes, promover, como promovidos foram, os encontros para o debate presencial, ocorridos em São Paulo (Brasil) em agosto de 2008 e em Praia (Cabo Verde) em março de 2009 e cujas actas com os resultados dos debates e deliberações foram encaminhadas às representações dos jornalistas nos países de língua portuguesa.

Como todos sabemos, o debate fluiu de forma intensa e ágil nos últimos meses, certamente porque desde sempre esteve perene – embora, vez ou outra, tenha sido colocado em dormência. Mas as reuniões presenciais e virtuais nos encaminharam para este encontro em Lisboa, depois de 12 anos, para, com ampla participação dos países de língua portuguesa, proclamarmos a Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa!

Em nome da Comissão, agradecemos

Lisboa (Portugal), 5 de Dezembro de 2009

Trabalhos da Assembleia já estão a decorrer



Começaram esta manhã os trabalhos da Assembleia Constitutiva da Federação de Jornalistas de Língua Portuguesa. A mesa foi constituída por Alcimir Carmo, do Brasil, à esquerda; Alfredo Maia, de Portugal, ao centro; e Hulda Moreira, de Cabo Verde, à direita.
Estavam presentes as seguintes delegações:

Angola
Associação de Jornalistas Económicos - Messias Constantino e Adelino Ngunza

Brasil
Federação Nacional de Jornalistas - Alcimir António do Carmo
Sindicato dos Jornalistas Profissionais de S.Paulo - António Carlos de Jesus e Mónica Oréfice Delicato
Sindicato dos Jornalistas da Bahia - Ana Alakija

Cabo Verde
Associação dos Jornalistas de Cabo Verde - Hulda Moreira e Carla Lima

Guiné-Bissau
Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social da Guiné-Bissau - Mamude Cande e Califa Massama

Moçambique
Sindicato Nacional de Jornalistas - Eduardo João Constantino e Maria Esperança Macovela

Portugal
Sindicato dos Jornalistas - Alfredo Maia, Anabela Fino e Luísa Tito de Morais

S. Tomé e Príncipe
Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social de S. Tomé e Príncipe - Alfredo do Rosário e Amarilde dos Santos

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Informação sobre a assembleia no sítio do SJ

O sítio oficial do Sindicato dos Jornalistas portugueses também vai dar informação institucional sobre os trabalhos da assembleia constitutiva da Federação de Jornalistas de Língua Portuguesa.

Jornalistas de Língua Portuguesa constituem federação

Mais de duas dezenas de dirigentes de organizações representativas dos jornalistas dos países de Língua Portuguesa iniciam amanhã, em Lisboa, a assembleia constitutiva de uma Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa.
A assembleia, que se concretiza ao fim de mais de duas décadas de tentativas para a constituição de uma estrutura representativa dos jornalistas de língua portuguesa, tanto nos países onde o Português é a língua oficial como na diáspora lusófona pelo Mundo, é organizada pelo Sindicato dos Jornalistas portugueses (SJ) e tem o patrocínio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A assembleia, que terá amanhã, às 15 horas, uma sessão pública de anúncio da criação da Federação, com a presença do Secretário Executivo da CPLP, deverá aprovar os Estatutos da nova organização internacional, eleger os seus órgãos sociais e planificar o trabalho para o próximo ano.
Na segunda-feira, os delegados à assembleia realizam visitas de trabalho à Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e ao Cenjor - Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas. Ao final da tarde, a Direcção Executiva da Federação reúne-se com os dirigentes das organizações filiadas para planificar as actividades a realizar nos próximos tempos.